Preparo-me para a maior viagem da minha vida e as dúvidas começam a ser reais. Sempre fui muito materialista, gosto de colecções e de me rodear com memórias, coisas bonitas, alguma tecnologia que me garanta excelência na qualidade audiovisual e guardo tudo, tudo.
Para uma pessoa como eu, esse tudo são bastantes coisas e perturba-me, por exemplo, o anúncio de um novo suporte de audio ou video. É que não consigo deitar fora as VHS que comprei em lojas europeias e que me fizeram dono de um espólio cinematográfico invulgar em Portugal.
Se aplicarem esta situação à demais tralha percebem que a minha gentil casota está atafulhada de coisas. Mas são as minhas coisas.
Ora voltando ao início do escrito, essa viagem vai ser também uma aventura, toda uma nova vida.
Levar tudo o que tenho e gosto é, para além de tarefa hercúlea e dispendiosa, uma estupidez.
Eu sei disso mas está a custar.
E começa a doer.
6 comentários:
Também sou um bocado assim... muito apegada ás coisas.
Gostei. Vou voltar.
Já fui mais apegada às coisas. Agora finalmente consegui soltar-me mais do que tenho e aprendi que até sabe bem dar.
Gostei do teu canto e voltarei.
Palatine, obrigado pela visita.
Patrícia, ando a tentar há muito e por vezes até penso que consigo. Mas depois tenho uma recaída.
Também tenho muito "lixo" que não reciclo.
É difícil recliclar o "nosso" lixo. Não há vidrões de memórias.
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