quarta-feira, 30 de setembro de 2009

noventa e cinco

Ontem, devido a uma quebra de sei lá o quê da EDP aqui em parte do bairro, tive uns bons 20 minutos para pensar no que seria a vida sem electricidade e cheguei rapidamente à conclusão que é impossível para nós, gente que já nasceu com ela, sobreviver sem o seu luxo. Ok, podem dizer-me que não, não é bem assim, que até conseguiríamos uma existência catita, mais pura e chegada ao divino e inundar-me com exemplos. Mas eu acho que morreríamos todos, pois não sabemos plantar e cultivar, filtrar as impurezas da água, não temos poços nem tanques e as bomba de gasolina não funcionam sem electricidade...
Mas o exercício que depois pensei é que me fez escrever este post:
E ao contrário de tudo, será possível viver uma vida sem colocar o pé fora de casa?
Vamos a isto!
Trabalho online, garante de sustento e de recebimentos/pagamentos via banca online: check.
Supermercado online (fora as pizzas, frangos e demais serviços): check.
Compras diversas online: livros, discos, AV, móveis, etc: check.
Comunicação triple play: check.
Médico ao domicílio: check.
Prostitutas ao domicílio: check.
Trolhas, técnicos diversos para pequenas obras no domicílio: check.
Finanças (pagamento de impostos): check.
Ao fim e ao cabo, tudo check.
Portanto, é muito possível viver toda uma existência sem colocar os pézinhos na rua (reparem que não estou a falar de mais nada a não ser da possibilidade pura e simples).
Ao fim e ao cabo, e posso estar em erro, só não podemos ir ao dentista, operação cirúrgica e votar. Os primeiros são complicados, mas o último... poderia viver muito bem sem assinar a cruz pois são sempre os mesmos e nada muda.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

noventa e quatro

Ao meu redor estão muitas pessoas diferentes de género e vida. É muito bom ter amigos e bons conhecidos de vários enquadramentos e quadrantes, pois por muito que a minha vida me alheie do frenesim diário, não consigo ser um eremita por muito que até nem desgostasse dessa verdadeira alternativa. E logo eu, considerado um bicho social...
Ultimamente tenho observado algumas mudanças comportamentais, reflexos da crise existencial e social, e a coisa não está a ser bonita. Exemplos? As pessoas SA, LDA e SARL.
As SA são as que Sofrem por Antecipação. Choram-se por tudo e por tudo, antecipam que vai correr mal, são nervosas, quizilentas, agressivas e barulhentas. Por muito que se lhes tente incutir alguma realidade e a nuvem de uma úlcera nervosa, a resposta é sempre curta, grossa e mal educada. Só apetece fugir mas depois entra a tal coisa da amizade e lá vamos continuando a levar porrada.
As pessoas LDA são as Loucas Da Alma, tristes e abafadas, sofrem em surdina sem querer alterar uma vírgula na vida de alguém que está ao lado. Choram compulsivamente sem entender porquê, mas sempre no esconderijo do WC ou no quarto com a almofada a abafar o soluço. A ajuda que tentamos é sempre aceite com uma tal tristeza no rosto que pensamos imediatamente em retirá-la. Só apetece fugir mas depois entra a tal coisa da amizade e lá vamos continuando a levar porrada.
As pessoas SARL são as Solitariamente Agressivas com Registo Libertino, grandes objectos de desejo, sempre impecáveis e bem tratadas, mas donas de uma arrogância tal que pensam conseguir esconder a sua extrema tristeza e solidão com uma vida abundante de amantes, compras, recheios e viagens. São muito complexas e mudam drasticamente de feitio várias vezes ao dia. Só apetece fugir mas depois entra a tal coisa da amizade e lá vamos continuando a levar porrada.
Perguntar-me-ão, mas bolas, não conheces gente "normal"? Claro que sim! São as COM, pessoas Comunicativas, Organizadas e Maduras. Mas onde está o gozo, a aventura, a novidade? Onde está a necessidade de quebrar a regra ou a rotina com uma graça fora do sitio certo, uma aventura fora de horas, qualquer coisa que não esteja na agenda filofaxiana? Só apetece fugir mas depois entra a tal coisa da amizade e lá vamos continuando a levar porrada.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

noventa e três

Uma simples frase de alguém pode reacordar-nos algo que estaria perdido para todo o sempre. Foi o que me aconteceu agora ao ler um dos muitos blogues que gosto de seguir: alguém quer pisar uvas. O que me foi fazer... relembro agora, cada vez com mais saudade a cada segundo que passa, as temporadas que passava na terra do meu pai (que tem dois éles e um ipsilon de história antiga mas esquecida pelo tempo e gentes) quando era muito muito catraio.
Tinha a companhia de primos e era uma algazarra empoleirar-mo-nos nos pequenos espaços livres das carroças puxadas por bois, cheias de uva acabadinha de apanhar. Nesse caminho até ao lagar, comiamos quilos de uva preta pequenita e depois ajudavamos na pisa. Normalmente o resultado era um extremo e sonolento (quase embriagado) cansaço infantil e uma forte diarreia, mas no dia seguinte ninguém nos proibia a mesma viagem. Nessa mesma altura comia queijo de cabra acabadinho de fazer, bebia o seu leite e adorava ir à cave de um outro primo onde a família se juntava para grandes conversas regadas com vinho da pipa, presuntos pendurados a curar, outros cortados com mestria, queijos vários e um pão que sabia à vida.
De vez em quando bebia um copito de vinho.
E de vez em quando era muito, mas muito feliz.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

noventa e dois

Confesso-me dependente do audiovisual. Oiço muita música, passo muito tempo na net, adoro seguir seriados TV e perco-me com prazer nos muitos filmes que também vejo em casa. Se bem que a net tenha desculpa, pois trabalho com ela, há momentos em que penso na liberdade que vivi quando ela ainda não existia. Apanhava mais sol e ar puro, certamente. Mas os tempos eram outros e o ar que se respira na rua está longe da pureza de algumas décadas atrás. Criticam-me também por, como cinéfilo compulsivo, deixar de ter frequentado o escurinho das salas de cinema. Respondo sempre que quando vejo um filme gosto de apreciá-lo no mais puro dos silêncios e com a concentração aos níveis mais elevados que consigo e isso é impossível com a falta de educação que se verifica hoje por todo o lado, seja na forma de pipocas, sms, conversas já não abafadas ou melos de adolescentes que não têm onde mais ir. As séries televisivas são uma droga. Sigo uma vintena ou mais e dão-me prazer. O que posso fazer? Quanto à música, essa é outra história. Não sobrevivo sem ela, desde os meus clássicos às novas sonoridades que vou descobrindo e que tento apresentar aos amigos como um adolescente entusiasmado.
E a vida, perguntar-me-ão?
Bolas, e isto tudo também não a é?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

noventa e um

Ando estarrecido com alguns programas televisivos que, nas barbas de toda a gente informada, copiam integralmente algumas soluções e ideias de outros programas televisivos.
Exemplos? Os Gato Fedorento com este novo "Esmiúçar os Sufrágios" e uma fulana de olhos verdes (ou azuis) e corpo interessante que foi a cara do "5 para a Meia Noite" das últimas segundas-feira.
No caso do RAP e amigos, a colagem a esse extraordinário diário noticioso norte-americano que é o "The Daily Show" e ao seu apresentador/protagonista Jon Stewart é, por demais, evidente. No caso dos olhos verdes (ou azuis), a pilhagem de sketches do Conan O'Brien e Jay Leno é má demais para ser verdade.
Ambos perceberam que o que está a dar é agarrar num conceito com milhões de espectadores por todo o mundo e fazê-lo à portuguesa. E claro está, ambos se estampam. E isso é consfrangedor. Tenho para mim que, quando se rouba, há que fazê-lo com alguma pinta e tem que se ter como objectivo único ser melhor que o original. Pode ser que assim a coisa passe, que as pessoas até façam o jeitinho, que as críticas sejam atenuadas, que enfim, se consiga fazer a coisa e obter alguma notoriedade por parte dos mais ignorantes ou distraidos, alcançando um outro grande objectivo nacional que é o de pertencer às listas de convidados "vip" para as festas de Verão nas discotecas que só são in nessa época. Ah... e ser amigo das Mayas que pululam por aí.
RAP está sem jeito como Jon Stewart pois falta-lhe tudo o que este tem. Os olhos verdes (ou azuis) tem tanta gana de auto-promoção que já nem dá pena vê-la a babar-se ou a aterrorizar o idioma português. Os sketches de ambos os programas roçam o mediocre menos menos, embora os Gato consigam ainda sacar algumas gargalhadas, inclusivé minhas, quando fazem o que sabem fazer, ou seja, comentar as notícias e imagens do dia.
Contudo, mete medo saber que tudo é possível na televisão portuguesa. E mais medo mete o facto de percebermos que não há ideias novas. E isso sim, é trágico.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

noventa

Como já escrevi lá para baixo, estou e tenho tentado acabar com o que se alcunha de lixo da e na minha vida. Entenda-se esse lixo pela tralha que ocupa os aposentos, 90% dela que só serve para acumular pó ou ser rearrumada uma vez por ano aquando a limpeza geral.
Continuo com essa vontade e necessidade mas sofro de um complexo bipolar: às vezes tenho vontade de me desfazer de quase tudo, outras de quase nada.
Escrevo sobre isto porque a minha idade tende teimosamente a seguir em frente e porque tenho medo que a minha cabeça, num futuro, não seja capaz de se lembrar das memórias que os pertences evocam apenas pelo olhar. Imaginem a desgraça que é finalmente decidir limpar a nossa vida de tudo o que acumulámos para depois não nos lembrarmos de nada e precisarmos desse apoio material para pelo menos nos reconfortarmos.
É que tenho mesmo medo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

oitenta e nove

Muito se fala sobre o papel da Mulher nos tempos modernos sempre e cada vez mais influenciado pelas revistas, televisões, opiniões, anúncios, ilusões, necessidades, obrigatoriedades, encantos, desalentos, paixões, desamores, paparazos, imagem e imagens, tradições, modernidades, sexo, subtilezas, praias, modas, magreza, idolos, amantes e um nunca acabar de provocações, promoções, festas, alarido, cor rosa e sonhos photoshopianos.
Depois o mundo realkombat ataca esta ilusão com o concreto, as formas, rugas, os descaídos, a idade, gordura, os papos, a tristeza, desilusão, combate, fúria, doenças, maternidade, emprego, cansaço, carreira, "domesticidade", pavor, medos, fobias e os receios de perder, esgotar e ser trocada por um modelo mais novo.
No meio disto tudo estão os homens. Uns parvos ao ponto de acreditarem e seguirem o primeiro formato, outros conscientes que o segundo também não é assim tão mau.
O problema é que os homens ficaram impávidos e serenos a assistir a este endeusamento de uma Mulher que não existe (ou existem poucas) de formas bellucianas, sorrisos foxianos, sensibilidades penelopianas, graciosidades Berryanas e inteligência thurmaniana ou, para conter tudo no mesmo saco, aliar um cruzar de pernas ao QI superior de um alien chamado Stone o que, convenhamos, é uma pedra!
Mas tudo estava bem, pois nós homens gostamos de afirmar que gostamos delas grandes ou médias, deles grandes ou redondos, carnudos ou sensuais, longos ou encaracolados, dela curta ou comprida, dele a ver-se ou escondido, de fio ou body, de odor 5 ou natural, peluda ou pelada, loura ou morena, verdes ou negros, azuis ou castanhos ou, para terminar, cinzentos como eu gosto.
Num repente, tudo mudou graças ao que explanei no primeiro parágrafo. Devido a Bekhams ou Ronaldos e afins, somos neste momento confrontados com a dura realidade do excesso de peso, de pelo, da falta de um dente, de um sorriso menos branco, de um cabelo ao natural ou da falta dele, da roupa de marca x, p t ou ó, da sapatonga, do perfume certo no lugar certo, da forma de estar, de não poder gostar de jogos e desportos tradicionais como o futebol e bilhar e ter que admirar golfe ou poker, de ter o carro da moda como se de uma jóia se tratasse, de Spas, lamas, massagens, ginásticas, de estar sempre impec num mundo de impecs.

O problema é que vejo as senhoras que recusam ser fantoches a admirar este novo mundo em que o homem passa, também ele, a ser um boneco insuflado e falso.
Por um lado há aquelas que desdenham o David ou o Cristiano, pois por muito bons que sejam, são uns cretinos da pior espécie. Por outro somos confrontados pela grande verdade: se mesmo eles que são das barracas conseguem, porque é que tu, ó cota acabado e sisudo, não consegues pelo menos abater essa barriga? Olha que estás aqui estás a ser trocado por um modelo mais novo.

oitenta e oito

Há sitios netianos com vozes do além, despojos sentimentalistas, teorias conspirativas e, pasme-se, obituários sobre relações que não deram certo. Alertado por uma exclamação e respectivo link no FB, fui ver este local em que se despeja ódio, razões, falta delas e se apontam erros, descortesias, problemas e traições.
Li apenas as primeiras frases dos casos portugueses que escancaram as suas desilusões e fiquei cheio de medo. Tive a minha quota parte de namoricos e aventuras, vivências e exposições e comecei a pensar em algumas, exactamente nas que não terminaram bem. Se bem que me ache um tipo porreiro que cometeu certamente alguns erros, tenho a consciência limpa em 98% dos casos. Vá lá, 95%. Ok, 90%.
Desde tenra idade que fui namoradeiro, tinha boa figura e um sorriso bonito que aliado aos profundos olhos negros, convencia muita rapariga que poderia ser o tal. Confesso que tudo fiz para que se apaixonassem mas fugia delas a sete pés quando tal acontecia. Nesse aspecto serei um sacana? Depois defendia-me com duas situações: a primeira era fazer tudo por tudo para que elas acabassem o namorico, não eu, fingindo-me distante, desinteressado e não tão perfeito quanto um principe o é. A segunda era tentar depois uma ou duas razões para que o desenlace negativo fizesse sentido. Consegui algumas vezes esses intentos e noutras falhei rotundamente.
Já me chamaram muitos nomes feios por ter sido assim, mas na verdade só não falo com duas ou três pessoas que passaram pela minha vida, o que não me parece assim tão mau.
Contudo a experiência da vida mostra-me que não fui tão perfeito quanto pensava e que fiz sofrer algumas pessoas que não o mereciam. A elas fica aqui um pequenito mas sentido pedido de desculpas e que estou aqui para qualquer esclarecimento adicional... nem que seja apenas para não fazer parte desse site de falhanços.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

oitenta e sete

Oprah e BEP

Acho que é o primeiro video que publico neste espaço, mas quando o vi no YT senti um calafrio na espinha, daqueles bons quase arrepiantes de frio mas que nos dão uma boa sensação.
Não sou fã da Oprah, embora a ache um boneco audiovisual interessante e muito menos fã dos Black Eyed Peas, embora lhes reconheça um ritmo contagiante e belos videoclips para imitar a coreografia. Contudo, ambos reuniram mais de 20.000 fãs que estudaram toda uma complicada dança ritmada com um dos temas menos hip-hop do grupo, ou seja mais hip hip e hop hop.
O resultado é fantástico, quase surreal. Ver um mar de gente a adorar estar ali, a "botar cá p'ra fora" os maus fígados, a rir, sorrir, gritar e cantar em uníssono é bonito.
A música, qualquer que seja, tem este único dom: o de conseguir juntar credos e raças, velhos e novos, políticos e apolíticos, dançarinos e pezudos.

Vale a pena rever.

oitenta e seis

Ahhhhhhhhhhhhhhh, estas pequenas férias revitalizaram-me. Descansei em dois locais principescos e algarvios. Estive em praias desertas de gente e onde se consegue caminhar nas águas tal como Moisés durante um pequeno periodo de tempo. Vivi a companhia de quem me acompanha e de mais uns convivas que aproveitaram um dos fins-de-semana. Aproveitei também para repôr leituras, ver uns quantos filmes que estavam empilhados e conversar. Conversar, não falar.
Existe uma enorme diferença.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

oitenta e cinco

Teleespectei (de teleespectador com ou sem hífen que hoje em dia já não percebo nada disto) o programa tv2 "curtas e tal" de hoje. Nele surgiu uma longa apresentação sobre o novo filme do Miguel Gomes que se intitula "a cara que mereces" ou similar, pois não me apetece de todo ir googlar a info. Ora o plot é atrevido com um pózinho de originalidade (a atirar para elementos Gillianescos e familiares modernos), ritmado q.b. e deverá ser marinado hora e meia antes de servir com um happy-end pouco normal para uma película portuguesa. Pois até me divertiu e encheu de curiosidade. Mas, e há sempre um mas, não entendi porque carga de água é que metade da apresentação foi dada em francês. Depois, quando parecia que já tinha terminado, surgiram mais cenas em português o que me fascinou ainda mais, pois e olá, temos uma apresentação bilingue!
Enquanto pensava nesta dualidade e injuriava o autor que apostou numa lingua morta em vez de na já admitida por todo o mundo como oficial, eis que percebo que o som enquanto francófono se percebia na perfeição ao contrário dos ruídos estranhos provocados pelas vozes dos autores quando falaram o português. E isso sim, concentrou-me as atenções. Mas porquê??? Será que os técnicos eram franceses e dos bons? Será que o microfone ainda estava novo? Será que será? Mas porque carga de água (H2Oh para mencionar o jPod) o som dos filmes portugueses é quase sempre uma imensa cacofonia de má qualidade? Não é dos actores, pois quando falam inglês ou francês soam bastante bem. Portanto só pode ser dos técnicos de som. Ou dos Nagras. Ou da fita magnética já muito gasta. Ou do material muito usado. Alguma coisa tem que ser. Mas bolas, numa época em que existe material de captação bom e barato, isto não deveria ocasionar um post. E o problema é que deixei de ter vontade de ir gastar dinheiro e ver um filme nacional.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

oitenta e quatro

Adoro jardins, a melodia do vento a passar por entre as folhas. Se calhar gosto é do vento num jardim e aproveitar as sombras aqui e ali. Ou então gosto é de sombras, quanto mais frescas melhor, pois não gosto e não me dou bem com calor. Não sei de onde vem esta minha aversão ao calor mas qualquer coisita acima dos 22, 23 graus já me incomoda. Não é que goste de andar cheio de roupa pois prefiro uma t-shirt, calças leves e um par de ténis, mas tal como tenho calor acima da temperatura mencionada também só sinto frio abaixo dos 10 graus. Ou seja, sou um fulano equilibrado.

É isso. Sou equilibrado.