As redes sociais são um dos muitos sinais da progressão do big brother nesta nossa sociedade cada vez mais imberbe, adormecida, extenuada e receosa.
Os mais novos fazem duas coisas na vida: teclam ao telemóvel e teclam ao computador sempre para os mesmos amigos com quem passam grande parte do dia.
Tenho reparado nos dramas juvenis que até são semelhantes aos adultos, com chatices, convulsões, traições e discussões. Fazem-se e perdem-se os melhores amigos - os best - num único dia.
A vida está toda escancarada, um livro aberto que em vez de dar cultura ou satisfação chupa sem dó a alegria e a pujança de uma tenra existência.
Esta loucura global com festas marcadas pelo twitter, facebok, hi5 e outras denominadas redes sociais para celebrar a morte de um menino-homem, provoca-me um sentimento dúbio.
Por um lado o mundo onde vivo está mais próximo que nunca e ao alcance de um simples dedilhar.
Por outro lado, bolas pá, deixem-me estar sossegado no meu cantinho para que ninguém saiba se ressono à noite ou faço muito barulho nos lavabos.
É que ainda tenho as minhas vergonhas.
4 comentários:
Oi! A mim o que me faz grande confusão, é ver alguém ser julgado (apreciado ou não) com base numa série de momentos kodak, e em meia dúzia de factos da sua vida...que podem ter sido completamente inventados. Continuo a priviligiar o contacto olhos nos olhos, o estar perto de alguém...porque isso nenhum site na net consegue superar.
Bjinho*
Tenho hi5. Lá sinto-me na montra. Depressa pus aquilo privado e passei só a aceitar pessoas que conhecia.
Sakura. O problema é que nunca teremos a hipótese de olhar olho no olho. Resta-nos algum bom senso e esperteza para descodificar o que é nefasto e inventado. Mas mesmo nessas situações, muitas vezes não há fumo sem fogo, não é?
Bell. Então qual é a necessidade? Os smigos que têm essa honra são também aqueles que privam o nosso dia a dia.
Acho interessante ter um facebook ou outros (já sou cota, o hi5 já não é para mim)e até me divirto com as pessoas que se lembram de pesquisar o meu nome ao fim de décadas e viceversa.
Mas tudo não passa de uma fantochada.
É giro, mas não complementa.
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