Danou-me ver dias atrás a imagem de um enorme armazém cheio de automóveis que o fisco retirou aos endividados. Se por um lado senti até uma certa ponta de justiça ao reparar em inúmeros topos de gama, por outro fiquei raivoso quando vislumbrei carros de quem mesmo precisa deles para trabalhar, como Ibizas, 205, Corsas e etc.
Sabemos que o fisco não tem tento nem é justo e que promove a perseguição a quem faz tudo para sobreviver, mas as represálias sobre os contribuintes alimentam uma cada vez maior crise social e uma vergonha humana tão típica das nossas gentes.
Este governo que alimenta noticiários com números enganadores sobre o desemprego, não faz as contas aos milhares de empresários falidos que não têm direito à segurança social e subsídios que pagam há muitos anos. Em vez de 10 seriam uns escandalosos 30%, pois sabemos bem como é feito o tecido empresarial português.
Há um paralelismo que são as vítimas mortais dos acidentes automóvel. Só se conta as que perecem no local e não as que vêm a falecer após internamento no hospital. Mais um escândalo a que a Comissão Europeia faz vista grossa.
Estamos rodeados de mentiras e mentirosos.
6 comentários:
A "estatística", que é como quem diz a honestidade dos números nunca foi o forte deste país. Porque cosentimos, porque nos calamos.
Bjo
Tita
Faz-se o jeitinho. Agora também passamos a ideia de sermos todos muito espertos, os operários já têm o 9ºano e os administrativos o 12º.
Tens tanta razão...
Tita, pois foi, é e será, pelos vistos.
Mnemósine... e cuidado com os magalhães.
mf, infelizmente, não é?
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