Gosto de ser naif. Adoro ter a liberdade de olhar uma pintura e dizer que gosto ou não gosto sem ser subjugado pelo conhecimento técnico e teórico. O mesmo se aplica aos vinhos: quando bebo um bom, é porque o é! Quero lá saber se é touriga nacional, se vem do Douro, se foi conseguido em cascos de carvalho ou se a cortiça é do Amorim. O mesmo se aplica à comida: tanto aprecio uma boa orelha de porco à coentrada como o mais delicioso bife tártaro. Desde que esteja bom, digesta-se com agrado.
Mas, por outro lado, admiro a originalidade de um Dali, a pujança de um Pollock, o realismo de um Renoir, a abstracção de um Rothko ou a loucura pop de um Basquiat. Prefiro um espectacular Glória (que é exportado na sua quase totalidade) à fama de um Barca Velha. Adoro degustar o que os melhores chefs apresentam, inspeccionando a arte da apresentação e a sua relação com o palato.
Quem sou eu afinal?
4 comentários:
Um homem que sabe viver!
Bj
Ai que bem que me xabiam uns couratos com teobar...
Maria Teresa, quem me dera :)
DomGaston, uélcome!!!!!!
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