Tentei convencer um amigo norte europeu que está de visita ao nosso país a apreciar alguns petiscos muito próprios e muito saborosos. Achei piada ao fascínio imediato pela sardinha assada (que comeu com as mãos depois de aprender a técnica de retirar os lombinhos de uma só vez), o arrepio na espinha aquando a degustação de um bacalhau à lagareiro (depois de ultrapassada a dúvida sobre comer a casca da batata), o vício imediato pelo nosso tinto e branco fresquinho e o sonho que são alguns doces conventuais.
Os problemas existem mais nas entradas. Ele não compreende como se pode comer orelha de porco (não sabia o que era até lho explicar), salada de búzios, não conseguiu abrir um percebe e abominou o exagero de gordura nas nossas excelentes azeitonas quando reforçadas com azeite.
Hoje vamos tentar uns caracóis e levo camara de filmar.
6 comentários:
Bem e se em vez de abrir o apetite me convidasse também?
Eu demonstrava-lhe (ao seu amigo) várias técnicas de tirar o caracol de dentro da casca!
Bom apetite!
;-)
E Polvo? Até agora tentei com Italianos - nunca tinham comido, gostaram mas não ficaram fans - e uma Irlandesa - nunca tinha comido, foi difícil convence-la e pediu licença para deitar fora.
Com os caracóis é importante não olhar para o bicho antes de o meter à boca!
Quase nos 50, foi um momento de simbolismo patriótico! Ao repararem que o cámone se esforçava sem conseguir engolir o bicharoco, duas gentis donzelas da mesa ao lado explicaram-lhe com mais pormenor como fazê-lo. E aí ele conseguiu e, confidencou-me depois, até que era agradável, não pelo bicho mas pelo molho.
Mnemósine, comos realmente um povo de comensais. Os outros não percebem nada disto. :)
Quanto às orelhas de porco, não quero nem vê-las! Estou solidária com o norte europeu.
Oh Redonda, orelha de porco à coentrada é do melhor que há.
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