Como já escrevi lá para baixo, estou e tenho tentado acabar com o que se alcunha de lixo da e na minha vida. Entenda-se esse lixo pela tralha que ocupa os aposentos, 90% dela que só serve para acumular pó ou ser rearrumada uma vez por ano aquando a limpeza geral.
Continuo com essa vontade e necessidade mas sofro de um complexo bipolar: às vezes tenho vontade de me desfazer de quase tudo, outras de quase nada.
Escrevo sobre isto porque a minha idade tende teimosamente a seguir em frente e porque tenho medo que a minha cabeça, num futuro, não seja capaz de se lembrar das memórias que os pertences evocam apenas pelo olhar. Imaginem a desgraça que é finalmente decidir limpar a nossa vida de tudo o que acumulámos para depois não nos lembrarmos de nada e precisarmos desse apoio material para pelo menos nos reconfortarmos.
É que tenho mesmo medo.
10 comentários:
As recordações são boas? Guarda-se o espólio.
O restante se for para o lixo estava a mais!
Mas ainda assim antes de deitar fora recicle, meu amigo, recicle.
Quem sabe o dia de amanhã........
;-)
Este seu "noventa" fez-me sorrir.
Acontece-me a mesma coisa, não deito praticamente nada fora, nada que me faça lembrar "pedaços" da minha vida entenda-se. Chego a afirmar que de tão cheia a minha casa, um dia, não me vai deixar "entrar".
Na verdade há espólios que voltando à luz do dia servem de mote para uma boa história em família.
O que eu deitava para o lixo mesmo é a quantidade de paéis que o fisco me faz juntar durante 5 a 10 anos.
Quase nos 50, tem toda a razão.
Maria Teresa, imagine nós dois juntos num T3...
Mas Gi, guardas esses papéis?
Vivíamos pendurados nas janelas...
LOL
Maria, o pior eram os nojentos pombos que gostariam de nos fazer companhia.
E as graves doenças que nos podiam pegar... o melhor é nem pensar nessa hipótese Lol
E ainda há quem os alimente...
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